quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Henrique Lemes, talento uberlandense na Alemanha

O artista plástico Henrique Lemes reside em Bremen, na Alemanha, desde 1992. Henrique, que desenvolveu a técnica da xilogravura ao longo de sua carreira, esteve recentemente em Uberlândia, após longo período sem visitar a sua terra natal, tendo em vista as contínuas exposições em diversos países do velho continente. Em Brasília (DF) foram apresentadas cerca de 45 gravuras, das mais recentes do artista retratando as cenas do cotidiano, como a série Café, bebida pela qual é apaixonado, e ainda a série Futebol, esporte que pulsou fortemente na Alemanha devido à realização da última Copa do Mundo, em 2006, naquele país. Essa mesma mostra agora pode ser vista em Uberlândia, na Galeria Elizabeth Nasser, rua José Aiube, 360 bairro Fundinho, de segunda à sexta-feira, das 14h às 19h.
Dono de uma técnica de traços firmes e contínuos que conferem ao entalhe em madeira e depois à gravura elegantes desenhos, aqueles que acompanham a sua trajetória notaram não uma simples evolução, mas a passagem para uma nova fase, onde além do aperfeiçoamento da técnica, houve um aumento na dimensão e variação das cores de suas gravuras.
Desde pequeno, e ao longo de sua vida escolar, Henrique Lemes desenvolveu os traços de sua arte. No Rio de Janeiro, a convivência com vários artistas influenciaram e impulsionaram sua carreira. Gente como os artistas plásticos José Sabóia e Nelson Porto e o poeta Tiago de Melo, que apresentou a Henrique o seu grande mestre Ciro Fernandes, xilogravurista paraibano, de cujas mãos recebeu as primeiras ferramentas utilizadas na técnica do entalhe em madeira.
De volta a Uberlândia trabalhou na recém-implantada Secretaria Municipal de Cultura, na assessoria da secretária Iolanda de Lima Freitas. Nesta época, a produção de gravuras em nossa região foi intensificada por inúmeros artistas, com destaque para os trabalhos de Maciej Babinski e Hélvio Lima. E foi neste período, em meados dos anos 80, que o nosso artista fez suas primeiras exposições.
Começava aí uma trajetória que levou Henrique a divulgar suas obras em mais de 70 exposições. Sua arte está espalhada em aproximadamente 5 mil gravuras, exibidas pelas paredes de colecionadores, galerias e apreciadores da xilogravura, especialmente no Brasil e na Europa.
A inspiração do cotidiano inserida em seu trabalho traduz elementos que remetem à tradição e à modernidade, sem o compromisso de serem brasileiras ou européias as suas influências. O ludismo de uma obra resume-se na contemplação da arte aos olhos de quem a vê. No caso de Henrique Lemes, interpretá-la não é difícil, basta perceber a sua simplicidade e sensibilidade rebuscadas nos delicados traços de suas gravuras.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Prefeitura de São Paulo decide liberar grafites patrocinados

Da Folha.com - Cotidiano
Imagem Lalo de Almeida



A Prefeitura de São Paulo decidiu liberar para grafiteiros e muralistas as laterais de edifícios paulistanos que, antes da Lei Cidade Limpa, de 2007, abrigavam anúncios publicitários gigantes.
De acordo com o texto, a empresa que pagar por uma obra poderá ter a marca exposta de forma discreta no prédio. O painel poderá ainda fazer menção indireta ao produto do patrocinador, mas não pode ser o tema da obra.
O projeto-piloto foi feito com um grafite de Osgemeos em um edifício do vale do Anhangabaú, no centro. Artistas dizem que um mural de grandes dimensões custa de R$ 20 mil a R$ 70 mil em tintas e equipamentos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Grafites de São Paulo se transformam em roteiro turístico

FERNANDA EZABELLA
colaboração para a Folha de S.Paulo


Dégradé, jogos de luz e sombra. A guia turística aponta para as pinturas, chama atenção para assinaturas e técnicas. Não estamos num museu, muito menos vendo quadros. São grafites na avenida Doutor Arnaldo, zona oeste de São Paulo.
Entre buzinas e ônibus barulhentos, o grupo de dez turistas atravessa a pé o bairro de Pinheiros, em direção à Vila Madalena, caçando desenhos com ajuda da guia Yara Amaral, 26, mais conhecida como Yá!, grafiteira há seis anos e ex-aluna de artistas famosos do movimento, como Zezão e Boleta.
"A ideia é sensibilizar o olhar para a cidade", explica Leandro Herrera, sócio-fundador da Soul Sampa, agência de turismo que organiza passeios temáticos pela cidade e, desde abril, começou a explorar a fama do grafite paulistano, assim como outras duas empresas.
Pelos 5 km de asfalto, surgem trabalhos de artistas mais conhecidos, como Titi Freak e Rui Amaral, além de nomes da nova geração, como Zito, que mistura grafite e fotografia numa obra localizada sob a ponte da r. João Moura. Yara também fala das gangues de pichadores, como os coletivos Vicio e Sustos, e suas filosofias de rua.
Num "grapicho" --mix de grafite e pichação-- na rua Cardeal Arcoverde, por exemplo, letras em tons de azul e contornos elaborados fazem mistério sobre o que, afinal, estaria escrito ali. "Às vezes nem a gente entende", diz Yara sobre o desenho pintado em 2008, provavelmente de forma ilegal.
"Da mesma forma que os intelectuais criam uma linguagem que ninguém entende, eles [grafiteiros, pichadores] criaram a deles. Eles marginalizam quem os marginaliza."

Beco do Batman
Enquanto a turma caminha com suas câmeras fotográficas, Leandro e um colega ficam de olho para ninguém ficar para atrás. O grupo é composto só de mulheres, todas estrangeiras, que moram ou estudam no país. O passeio dura cinco horas, incluindo um workshop de spray ao final e pausas para almoçar e tirar fotos, especialmente na escadaria da rua Cristiano Viana e no Beco do Batman, uma longa viela de paralelepípedos na Vila Madalena, ambos locais tomados pelos grafiteiros desde os anos 80.
Do grupo de americanas, argentinas e europeias, todas querem ver osgêmeos, dupla formada pelos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, que expõe em galerias de arte mundo afora e é reconhecida pelos desenhos de bonecos amarelos.
Mas nenhuma delas consegue identificar a assinatura elaborada em amarelo que encontramos pelo caminho, no alto de um muro. O "bomb" -letras sem muitos detalhes, só com contorno e preenchimento-- foi feito neste ano pelo coletivo Vidaloka, do qual os dois participam, e, se olhado com calma, quer dizer "osgêmeos".
"Por mais que eles estejam nas galerias, eles continuam pintando nas ruas", explica Yara. "Sempre passo por aqui e vejo esse negócio, mas nunca imaginei que fosse dos gêmeos", comenta uma turista.
Zezão, famoso pelos tubos azuis que pinta nos subterrâneos da cidade, também surpreende com um mural pintado no Beco do Batman, repleto de nuvens de fumaça colorida em spray e estêncil, coisa que só os mais entendidos, como sua ex-aluna, reconhecem.
"É uma maneira diferente de descobrir o bairro, um passeio divertido e sério", disse a francesa Erwane Kaloudoff, 36.

Canal da Gente fala sobre o concurso


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Trabalhos podem ser entregues até o dia 16 de Agosto de 2011

 A coordenação do concurso “O Universo do Grafite e da Pichação” informa que o prazo para entrega dos trabalhos participantes é até o dia 16 de agosto de 2011. Os trabalhos  devem ser entregues na Galeria Elizabeth Nasser, localizada na rua José Aiube, nº 360, bairro Fundinho, de segunda a sexta-feira, das 14h às 18h.
Fiquem atentos e não percam o prazo!

Elizabeth Nasser ao vivo no MGTV 1º Edição



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Galeria recebe painel de grafiteiros

Quem passar pela rua José Aiube, nº 360, no bairro Fundinho poderá apreciar um painel que foi colocado na fachada da Galeria Elizabeth Nasser, produzido pelos grafiteiros: Karen e Diogão. O espaço já está preparado para receber as obras do concurso  “O Universo do Grafite e da Pichação”.